terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Crônica reflexiva: A vida estranha moderna.

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Vivemos num século onde temos a facilidade da comunicação e interação, redes sociais em pleno vapor tomam o tempo precioso da vida das pessoas. O ser humano nunca teve tanto acesso às notícias, dados estatísticos, até mesmo no século passado, acompanhamos em tempo real, o combate ao terrorismo.
No entanto, toda essa facilidade de acesso e aquisição de saberes simultâneos tem feito um mal irreparável ao Homem. Temos no momento, uma geração apática ao pensamento e altamente conectada na Internet somente para ter entretenimento, possuem uma preguiça latente que tem enferrujado as suas massas encefálicas.
É dificultoso demais para eles, pensarem e resolverem o que lhes é proposto, mas vivem brincando na rede, mas a brincadeira é  infantilizada e maléfica, pois, os aprisiona em seus mundos de Peter Pan, não permitindo-lhes vislumbrar o mundo real.
Os pais pouco têm a fazer, porque precisam ficar muito tempo fora de suas casas, para garantirem o sustento de sua prole. Não possuem mais aquele tempo de conversarem com seus filhos e oferecerem a eles outras formas de diversão e cultura. Optam então, em premiá-los com altos equipamentos tecnológicos, para que não se sintam tão sozinhos e órfãos de pais, no caso, pais vivos.
Perderam-se os valores morais, sociais , religiosos , enfim... pouco se sabe quando o assunto é respeitar o direito do outro. Hoje em dia , as pessoas perderam o foco da visão e estão olhando não para frente, mas somente para o seu próprio umbigo.
É bonito no entanto, quando vemos alguém falando;" Bênção pai, bênção mãe.." - e escutar como resposta: "Deus te abençoe, meu filho", isso é uma pérola perdida no turbilhão de sentimentos conflitantes, onde muitos perderam o respeito a si, aos filhos, aos pais, à família.
Sinto profunda tristeza, quando em aula, ouço algum aluno meu falando palavrões, rogando praga para outro e desafiando a autoridade momentânea do professor. Se assim o fazem, é porque em suas casas tratam suas famílias da mesma forma.
Fico a pensar em cruel dúvida e tristeza, para que lado estamos caminhando, o que a Educação pode fazer na vida dessas crianças e jovens, que tipo de pessoas teremos em nossa doente sociedade, que não conseguem impor limites a nada e não sabe cobrar.
Esses que estão se marginalizando no bojo da Educação serão os nossos professores, médicos, engenheiros , enfim serão as pessoas da futura sociedade. Sendo intolerantes e inquietos hoje, como serão no dia de amanhã, quando muitos terão seus filhos?
Está mais do que tempo, fazermos uma volta no túnel do tempo e resgatarmos os elementos essenciais para uma vida social harmoniosa, entre eles: o respeito mútuo, o amor ao próximo e instituições, o espírito de luta e persistência, além de outros que não serão possível ser citados, mas que cada ser humano tem a capacidade de avaliar em si o que é necessário melhorar.
Combater as várias formas de preconceito, a fome, a miséria, o analfabetismo em todos os níveis, melhorar a renda da classe trabalhadora, investir de fato para possuir uma Educação de Qualidade, combater a corrupção em todas as esferas e, respeitar mais o próximo como se fosse nós mesmos, seria um começo para a realização de um grande sonho, viver sem medo e não ter vergonha alguma de ser feliz, pois, as condições para isso se encontram no âmago de nossas próprias entranhas.



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