quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Alunos das 1ªséries do Ensino Médio-A e B da E.E.Dona Olímpia Falci e 1ªsérie A- da E.E.Prof.Roque Bastos -Ibiúna-SP, iniciam estudos literários a partir das obras de Manuel Bandeira.


Prof.Sérgio iniciou estudos literários com os alunos das 1ª séries do Ensino Médio das escolas em que trabalha, pela obra "Estrela da Vida Inteira"- de Manuel Bandeira, de acordo às sugestões de trabalho do Caderno de Literatura 1, da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

Os alunos da E.E.Dona Olímpia Falci e E.E.Prof.Roque Bastos iniciaram seus estudos literários a partir do grande poeta Manuel Bandeira, por uma de suas importantes obras; Estrela de uma Vida Inteira. Este volume foi distribuído anos anteriores pela SEE-SP no Kit de Leitura- Apoio ao Saber, mas também faz parte do acervo das bibliotecas escolares pelo PNBE-MEC/FNDE.
Como os alunos da série estão iniciando uma nova fase escolar, isto é, o Ensino Médio, o Prof.Sérgio começou pela definição do significado do que é Literatura.(A arte da palavra).
Depois de outros comentários pertinentes, o Prof.Sérgio leu e explanou o poema "Mulheres" onde o poeta faz uma interessante homenagem, destacando as bonitas, as simpáticas e até mesmo as feias.
Vamos conhecer este instigante e curioso poema:
MULHERES
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.

Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas...

És linda como uma história da carochinha...
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(No tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro
[ atrás de casa e tinham cara de pau).



COMENTÁRIO: Bandeira não deixa ninguém fora desta homenagem, pois, cita as bonitas, as simpáticas e as feias. Ressalta que a beleza em si não está no vestuário, vai muito além disto. Apresenta no entanto, uma visão um tanto contraditória a cerca das feias: são menininhas, pessoas mais fragilizadas , que de certa forma são mais oprimidas, castigadas e obrigadas a realizar trabalhos mais pesados e de menor reconhecimento. Será que hoje, estas palavras seriam coerentes?
Menciona que é bem provável que seja melhor gostar de uma feia, no sentido de não muito trabalho e ciúmes em relação às especulações de outras pessoas.Confessa que seu amor por esta mulher é fraco, sem nenhuma bondade, talvez por não precisar se esforçar em amar tal mulher, em virtude da inexistência da beleza.Porém, o seu amor é puro, como o amor de criancinhas.
Esta mulher se torna linda, talvez com uma beleza boba como uma história da carochinha,infantil e ingênuo demais, mas o poeta, afirma que precisa muito desta mulher, tal como precisava de seus pais, mencionando que era no mesmo tempo em que não conhecia seus vizinhos, sendo eles na verdade ladrões sem nenhum caráter ou valor.








Um comentário:

  1. Prezados alunos das 1ªséries A e B da Roque Bastos e Olímpia Falci: o texto poético abre um leque de interpretações que favorece a todos no desenvolvimento de ideias e de senso crítico. Nele não exite uma verdade única, absoluta e, podemos inferir outros significados nele, enriquecendo assim mais e mais a nossa linda Língua Portuguesa. Então vamos com bastante esforço e dedicação nos aplicar nas aulas de Leitura! Conto com a participação de todos !
    Forte abraço!
    Prof.Sérgio

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